29 de dezembro de 2018

V - Pinho Brandão, de Rossas

Os Pinho Brandão, de Rossas, que geralmente associamos a Dom Domingos de Pinho Brandão (1920-1988), bispo e historiador, que entre outros cargos e funções ascendeu à dignidade de bispo auxiliar das Dioceses de Leiria e do Porto, reconduzem-se à Casa do Outeiro e, mais remotamente, à Casa de Cimo de Vila, daquela freguesia.

Foi com o casamento de Domingos Brandão e Antónia de Pinho, moradores no lugar e serventes do Morgado de Terçoso, de Rossas, que se deu origem ao apelido composto aparente Pinho Brandão. José de Pinho Brandão, filho daqueles, contraiu matrimónio na igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição, em 21 de Agosto de 1717, com Maria Vaz, filha de António Vaz e Isabel Jorge, do lugar de Cimo de Vila, onde foram depois residir e tiveram larga descendência do referido apelido.


Os tempos, porém, eram de "terra, quanta vejas; casa, quanta caibas", e, de facto, era pequeníssima a casa de Cimo de Vila, o que não a impediu de chegar a ser uma das mais abastadas da freguesia, permitindo aos que dali saíram levar bom dote e assegurar a continuidade do bom nome. Assim fez o neto daqueles, Domingos Manuel de Pinho Brandão, que autonomizou um ramo do mesmo apelido, dando origem aos também conhecidos Pinho Brandão, da Sêca, de Rossas. E deste um outro, Manuel de Pinho Brandão, que levou o apelido à casa de Telarda de Baixo. E ainda por aquelas mesmas razões, compraram os Pinho Brandão a casa do Outeiro ao insigne doutor Egas Moniz, e passaram também à casa de Campo de Fora e à casa de Telarda de Cima.

Da formação do apelido "composto" ao renomado bispo de Rossas, homónimo do pai e do mais antigo dos três clérigos da família, contaram-se cinco gerações ininterruptas do mesmo sobrenome, ali criadas e hoje disseminadas por todo o vale da freguesia, o que permite afirmar que este Pinho Brandão, de Rossas, é um nome de família originário de Arouca.