6 de dezembro de 2018

Melhor Destino de Aventura do Mundo

O rio e salto Petrohue na Patagónia Chilena são só um entre milhares de exemplos potencializados através de desportos  como rafting ou simples observação da natureza. Exemplar estrutura de apoio; acesso pago; comunidade local integrada nas valências e sustentabilidade  do projecto.


Os passadiços do Paiva ganharam mais um prémio, desta vez o prémio de melhor atração turística de aventura do mundo; importa também referir que no mesmo evento Portugal foi congratulado como melhor destino turístico do mundo.

Muito já se escreveu sobre a vitória de Portugal e a de Arouca mais particularmente da sua atração turística de aventura “Passadiços do Paiva”. Mas se Arouca tem dentro dos seus limites geográficos a melhor atração  de aventura do mundo qual será o país que terá ganho o troféu de melhor país como destino de aventura do mundo: Chile.

Faço referência a isto  pois penso que nós, portugueses e particularmente os arouquenses, poderemos aprender muito com o que de melhor se faz neste país da América do Sul. Maximizam ao máximo todas as suas potencialidades endógenas como montanhas, rios e toda uma outra imensidão de recursos naturais  mas não permitindo que a vertente turística exagerada desvirtue a sua génese. Inserem as comunidades locais nos projectos turísticos responsabilizando-as pelo cuidado e salvaguarda dos mesmos mas fazendo com que estes sirvam de suporte à sustentabilidade das mesmas comunidades. Criam estruturas íntegradas de suporte que enquadradas e introduzidas ao turista são geradoras de receitas. Falo de um simples percurso pedestre, ou uma simples cascata até ao mais majestoso deserto. Criam uma diferenciação entre locais e turistas de forma a beneficiar os primeiros.

Por exemplo um parque como o das pedras parideiras, a frecha da Mizarela, os percursos de BTT, o acesso ao complexo mineiro de Rio Frades seriam, se porventura no Chile, estruturas todas elas potencializadas, de acesso controlado e pago por turistas. Um hipotético parque natural e florestal (e Arouca continua a ser maioritariamente florestal) com árvores autóctones, percursos de BTT e pedestres demarcados, estruturas de apoio e vigulância de acesso controlado seria um exemplo desta potencialização que descrevo.

Não refiro uma exploração e inflação dos preços a reboque da galinha dos ovos d’ouro turística que têm sido os passadiços. Escrevo num caminho sustentado, diversificado e acima de tudo integrador de toda a região. A sabedoria popular costuma dizer que a roda está inventada só necessitamos de a fazer rodar. Turisticamente falando estamos no bom caminho mas podemos sempre fazer melhor ou neste caso como os melhores.