Vivem-se tempos estranhos, em
Arouca. Vivem-se tempos em que, a coberto do anonimato, se procura assaltar, em
textos não assinados e cobardemente acusadores, a seriedade das pessoas.
Vivem-se tempos em que, a coberto
do anonimato, se procura atingir o caráter e idoneidade dos indivíduos.
Vivem-se tempos em que, a coberto
do anonimato, se procura destruir o trabalho feito, por quem dá muito da sua
vida, em prol da comunidade e do seu bem estar.
Arouca não é um lugar perfeito. É
um facto. Mas haverá algum lugar assim? Os territórios são dinâmicos e estão em
permanente mutação. Esta evolução origina naturais desequilíbrios. O nosso
concelho, que nos últimos anos tem apresentado uma enorme dinâmica territorial,
naturalmente passa por esses desequilíbrios. Mas que se reconheça que graças ao
esforço de muitos, que diariamente lutam pelos interesses de todos, tem-se
procurado os reequilíbrios necessários ao bem-estar da população. Acho que, de forma
séria e honesta, ninguém consegue dizer que Arouca está pior hoje do que no
passado.
Hoje em dia, o nosso município é
visto como um bom exemplo de desenvolvimento territorial, que tem sabido
explorar e aproveitar os seus recursos endógenos. Hoje em dia não há um
arouquense que não fale da sua terra com bastante orgulho e até alguma vaidade.
Isto é sinal de algo, que deixo ao caro leitor a sua própria interpretação.
Naturalmente que este
desenvolvimento também levou os arouquenses a estarem mais atentos e a serem
mais exigentes com tudo aquilo que os rodeia. E ainda bem que assim é! É o mais
genuíno sinal de que amamos a nossa terra e estamos atentos aos mais exíguos pormenores,
que podem colocar em causa a melhor imagem que lhe pretendemos.
Contudo, é importante distinguir
entre a exigência dos arouquenses, e a respetiva reclamação acerca dos mais
variados assuntos de forma assumida, e o ataque infame e anónimo (que permite
dizer o que muito bem se entende, seja meia verdade ou mentira) a quem,
diariamente, dá o melhor de si pelo bem comum.
Arouca não é isto e acredito que
as pessoas dão, a tal realidade, o valor que (não) tem.