3 de junho de 2019

Faleceu a escritora Agustina Bessa-Luís

Faleceu, hoje, aos 96 anos, uma grande escritora universal de Língua Portuguesa e uma grande escritora do Douro, do Porto e da Região Norte de Portugal: Agustina Bessa-Luís. Nunca fiquei indiferente ao seu estilo lúcido de prosa agradável e escorreita, que tão bem descreveu a idiossincrasia do Douro, do Porto e do Norte, de modo universal. Nunca fiquei indiferente àquele romance que, a partir da descrição «dos mistérios do Porto», biografou Uriel da Costa e as densas genealogias nobres dos cripto-judeus sefarditas ocidentais e «cristãos-novos», fazendo ver, com verdade, que se trata, precisamente, de uma cultura endógena do Douro, do Porto e do Norte.
Penso, por essa razão, que as obras completas de Agustina deviam ter sido publicadas pela Porto Editora e não pela sulista Fundação Calouste Gulbenkian, tal como as suas obras originais não deveriam ter sido publicadas, no passado, pela sulista Guimarães Editora.
A Porto Editora, uma chancela endógena do Douro, do Porto e do Norte, seria a editora certa para publicar as obras desta autora universal d'A Sibila, cuja 'alma' («neshamá»), hoje, a partir da cidade do Porto, está a ser acolhida pelo Criador dos Céus e da Terra, Bendito Seja O Seu Nome Sagrado.
Agustina Bessa-Luís (1922-2019)
Fotografia: JN