18 de março de 2019

A Região Norte, onde Arouca pertence e sempre pertenceu, é a mais populosa do Estado português

A região (NUTS II) mais populosa do Estado português (onde Arouca se insere e sempre se inseriu e onde Arouca se enquadra e sempre se enquadrou em termos identitários) é a Região Norte, que tem cerca de 3 690 610 habitantes (Censos de 2011: INE). A Região Norte tem, portanto, mais 877 922 habitantes que a Área Metropolitana de Lisboa (NUTS II), que tem cerca de 2 812 678 habitantes (INE, 2015).
Apesar de terem sido criadas, originalmente, para funções estatísticas, as NUTS tornaram-se, na actualidade, divisões territoriais identitárias e são mesmo as divisões territoriais identitárias mais precisas do território português, ao contrário do que acontece com os distritos portugueses, criados em 1835, que são, infelizmente, divisões territoriais muito arbitrárias e anárquicas.
Ao considerarmos a população das regiões propostas, no processo de Regionalização, conclui-se, facilmente, que, caso se sub-dividisse a Região Norte (que tem forte coesão identitária), o processo de Regionalização seria, logo, desde o seu início, um grande fracasso, porque a região mais populosa seria Lisboa e Vale do Tejo e isso faria com que o ultra-centralismo e o ultra-parasitismo de Lisboa e arredores se reforçasse ainda mais, com a fragmentação da Região Norte, que perderia coesão, pujança e dinamismo.
Euro-região da Galiza-Norte de Portugal
E alguns ultra-centralistas parecem estar bem atentos, porque sabem que a Região Norte é a mais populosa e o «verdadeiro motor económico» de Portugal. Talvez para contrariar, de modo artificial, arbitrário e impositivo, esse facto e, aí com toda a certeza, para reforçar, ainda mais, o ultra-centralismo de Lisboa e arredores, foi, há uns tempos atrás, apresentada uma nova área completamente arbitrária e artificial, sem nexo identitário, denominada ‘Arco Metropolitano de Lisboa’, que esperemos que, de modo algum, não seja concretizada, em termos concretos, para bem de todo o país, até porque, salvo erro, não emana de directrizes institucionais do Estado português ou da União Europeia. Sobre essa muito estranha e muito bizarra nova mega-região apresentada com o nome de ‘Arco Metropolitano de Lisboa’, de dimensão descabidamente megalómana, existem dois textos pertinentes, num blogue da internet, sobre o assunto, onde se pode ler o seguinte:

"  É muito positivo ver as várias entidades da Região Norte a unirem-se a favor de uma posição que o Dr. Rui Moreira desencadeou, e muito bem, com firmeza, contra a TAP. Mas as entidades do Norte também têm que se insurgir contra este estudo da Gulbenkian, que é o de criar o Arco Metropolitano de Lisboa. ESTA CRIAÇÃO ARTIFICIAL DO 'ARCO METROPOLITANO DE LISBOA' É MESMO PERVERSA. É BASEADA NA MENTIRA E NA FALSIDADE. Tem em vista criar, artificialmente, uma região com mais população que a Região Norte. Já que a Estremadura é distinta do Alentejo e do Algarve. Têm em vista, AINDA MAIS, centralizar fundos, instituições e serviços em Lisboa, parasitando o Norte exportador e produtivo, que é a Região mais populosa. As entidades da Região Norte devem falar, por favor, deste estudo perverso, combatendo-o. E, pasme-se, com o aval de dois portuenses, Artur Santos Silva e Fernando Medina, e de uma geógrafa da Universidade do Porto. Causa mal estar ver dois portuenses, Fernando Medina e Artur Santos Silva, mais um geógrafa da Universidade do Porto, por detrás do estudo do Arco Metropolitano de Lisboa. As várias entidades da Região do Norte têm que se insurgir com isto. A solução é reforçar, cada vez mais, a Euro-Região, Norte de Portugal e Galiza, e combater este território arbitrário e baseado na mentira que querem criar, para centralizar, MUITO MAIS, TUDO, em Lisboa, que é uma péssima capital.
Dados concretos: A Região Norte tem cerca de 35 % da população nacional - perto de 3,7 milhões de habitantes. A ela se deve 40 % das exportações, a criação de riqueza de 30 % do PIB e onde se concentram o maior número de empresas. O que o Arco MLisboa vai fazer, se for concretizado, é canalizar, ainda mais, o esforço da «formiga nortenha» para as aparências oportunistas da «cigarra lisboeta», que se vai gabar, com esses novos territórios do Alentejo e da Estremadura, de ter mais população e capacidade exportadora, e, assim, centralizar, ainda mais, TUDO em Lisboa, sugando mais fundos criados noutras regiões e mais fundos europeus, para além dos já conhecidos «spillovers». Portanto: a consolidação da Euro-Região 'Galiza-Norte de Portugal' é a melhor solução para a Região Norte e não esta.  "

E relativamente ao que está descrito nesses dois textos, sabe-se que Portugal está e estará inserido na União Europeia, que é dividida em euro-regiões. A Região Norte está muito bem enquadrada e inserida na Euro-região da Galiza-Norte de Portugal, que tem cerca de 6 400 000 de habitantes. De facto, na realidade, na verdade, a Região Norte de Portugal tem muito, muito, muito mais que ver com a Galiza (são regiões irmãs, desde sempre) do que com o Centro e o Sul de Portugal. Portanto, para além de ser mesmo necessário, com urgência, concretizar o processo de Regionalização do país, tal como referiu, na semana passada, na cidade do Porto, o presidente da Assembleia da República, considerando "que esta reforma é essencial não apenas para um desenvolvimento mais coeso de todo o país, mas também para a sobrevivência da própria democracia representativa", é também necessário reforçar, cada vez mais, a Euro-região da Galiza-Norte de Portugal, no contexto da União Europeia. E Arouca, para além de pertencer à Região Norte, também pertence à Euro-região da Galiza-Norte de Portugal, no contexto da União Europeia.

Ver, pf, os dois textos completos, aqui, ampliando, pf, os seus carateres minúsculos:
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