21 de janeiro de 2019

O valor dos rios, ribeiros, riachos e cursos de água de Arouca

 Os Passadiços do Paiva revelaram-se, em pouco tempo, como um bom exemplo de como os rios podem ser uma fonte de rendimento para Arouca e para os Arouquenses, mantendo vivo, de modo dinâmico, esse património natural e ambiental. Contudo, os Passadiços do Paiva, já bem reconhecidos, ainda terão de se desenvolver muito melhor, numa direcção em que a sua área territorial se rejuvenesça cada vez mais, ao se repor (entre muitos outros aspectos e acções que são necessárias realizar) a sua fauna e flora autóctones envolventes, com eficácia e consistência.
 Mas, para além do rio Paiva, o concelho de Arouca, situado na Bacia Hidrográfica do rio Douro, tem inúmeros rios, ribeiros, riachos e cursos de água que, devidamente, aproveitados, poderiam ter um valor considerável, que muito poderia contribuir para consolidar a «intencionalidade identitária» do 'Arouca Geopark'.
 Seria um indicador de avanço civilizacional e teria, de certeza, muito sucesso, quer à escala nacional, quer à escala europeia, quer à escala mundial, se os Arouquenses e várias instituições de Arouca se mobilizassem no intuito de despoluir, por completo, integralmente, todos os rios, ribeiros, riachos e cursos de água de Arouca, configurando, do melhor modo possível, o seu caudal, com métodos avançados e técnicas, recorrendo a verdadeiros especialistas no assunto, em colaboração com os municípios vizinhos, onde alguns desses rios, ribeiros, riachos e cursos de água nascem e de onde se direccionam para o concelho de Arouca, etc.
O rio Urtigosa, em Rôssas-Arouca
 
 Uma das consequências estruturais seria o restabelecimento da fauna e da flora autóctones próprias dos rios, sendo claro que uma das acções a serem praticadas seria o repovoamento dos rios com as espécies piscícolas que lhes são típicas, das quais a mais relevante é a Truta Fário, que tem muito valor gastronómico e vários usos culinários apreciados, para além de ser objecto de um tipo de pesca que é das mais estimulantes. Também faria todo o sentido, no âmbito do 'Arouca Geopark', criar um viveiro científico de Trutas Fário, coordenado por especialistas no assunto, provenientes, por exemplo, da Universidade do Porto ou de instituições que tenham competências para tal, que teriam, entre outras funções científicas e técnicas, de efectuar, precisamente, a coordenação e a supervisão do repovoamento piscícola dos rios, etc.
 Mas os rios, os ribeiros, os riachos e os cursos de água de Arouca têm muitas, muitas, muitas mais potencialidades, em muitos e variados aspectos, pelo que o seu aproveitamento e a sua dinamização teriam, de certeza, sucesso garantido e acrescentariam mais valor e reconhecimento ao território arouquense, localizado apenas a 35Km da cidade do Porto, no âmbito do 'Arouca Geopark', tal como os Passadiços do Paiva já bem o demonstraram.