25 de novembro de 2018

Uma ‘Cana Verde’ sublime, que entoa Arouca e os Arouquenses: autêntica e telúrica!...


Esta ‘Cana Verde’, de um dos melhores períodos do Conjunto Etnográfico de Moldes de Danças e Corais Arouquenses (uma das instituições identitárias estruturais de Arouca), é sublime e comovente!...Penso que não há palavras para descrever a pureza e a autenticidade dos sons desta versão desse período, que entoa, de modo genuíno, Arouca e os Arouquenses...:
Na origem desta autenticidade autóctone de uma dança típica do Douro Litoral (que tinha, como capital, a cidade do Porto), está a obra de muita qualidade de um dos colaboradores ilustres do jornal «Defesa de Arouca»: o insigne etnógrafo arouquense Albano Ferreira, que legou, a Arouca, nas páginas da «Defesa», alguns dos melhores e mais fiéis textos que, alguma vez, se escreveram sobre Arouca e sobre os Arouquenses. Obra inigualável que era posta em prática, no Conjunto Etnográfico de Moldes, pela acção dirigente de outro arouquense ilustre e personalidade central e estruturante do grupo: Fernando Miranda. E, mais uma vez (nada melhor para comprovar esse facto, através destes dois arouquenses ilustres), se constata a forte ligação dos arouquenses e de Arouca à cidade do Porto, que continua a ser a capital identitária do Douro Litoral, que é o território autóctone da 'Cana Verde' e que é o espaço mais vasto onde a identidade de Arouca e dos Arouquenses melhor se enquadra.