23 de abril de 2019

A Festa da Liberdade

Em Arouca, em termos institucionais, houve uma transição mais ou menos serena do regime do Estado Novo (que foi uma ditadura corporativa branda, se a compararmos com as outras principais ditaduras europeias da altura, essas sim muito ferozes e sanguinárias) para a Democracia Parlamentar e Representativa. No entanto, em Arouca, tal como aconteceu por toda a Região Norte, houve uma forte e pertinente reacção contra a tentativa, no período pós-25 de Abril de 1974, de se estabelecer, em Portugal, outra ditadura, mas de carácter marxista, colectivista e totalitária, que iria atrasar, ainda mais, o País, num Estado que, infelizmente, ao longo dos séculos, só teve, praticamente, regimes políticos ditatoriais, repressivos e autoritários, alguns deles aliados à organização que está, claramente, na origem do atraso estrutural de Portugal em relação aos países mais desenvolvidos da Europa, gerada e suportada a partir do Sul e do Centro do País: essa organização (que se estendeu a todo o antigo Império Português) foi a Inquisição Portuguesa/Tribunal do Santo Ofício, que foi uma instituição malévola, irracional e insane que, durante cerca de 300 anos, controlou, torturou, perseguiu, exterminou e assassinou, de modo tenebroso, muitos dos bons e benévolos elementos da configuração societal de Modernidade. É mesmo um facto irrefutável: foi a acção malévola, feroz e criminosa da Inquisição Portuguesa/Tribunal do Santo Ofício, da Igreja Católica Romana, que estagnou Portugal e o antigo Império Português.
Em termos institucionais, em Portugal, a Democracia Parlamentar e Representativa só se iniciou, verdadeiramente, com a extinção do Conselho da Revolução no ano de 1982 e não a 25 de Abril de 1974. E o 25 de Abril de 1974, occorrido na Primavera de há 45 anos atrás, terá sido, na realidade, uma 'Revolução' ou um ‘Golpe de Estado’?!...De qualquer modo, conduziu-nos, felizmente, à Democracia Parlamentar e Representativa, que é um regime bom e benéfico de Liberdade, com eleições livres: de Liberdade política e partidária, de Liberdade económica, laboral e sindical, de Liberdade epistémica, científica e técnica, de Liberdade estética e artística, de Liberdade de imprensa e de informação, de Liberdade de aprendizagem e de ensino, de Liberdade religiosa,..., que deve ser sempre acompanhada com a estruturação concomitante de um 'Estado-Providência' forte, dinâmico e eficaz, que nunca falhe em tempos de crise económica, na linha do ‘Welfare State’ e da ‘Welfare Society’ de tradição europeia, de comprovado sucesso. E o Capitalismo e a Economia de Mercado são benéficos para os países e para os seus cidadãos, desde que haja sempre liberdade política e sindical responsável e com sentido responsável de Estado.
Foto/cartaz: Câmara Municipal de Arouca

Liberdade, como é óbvio, nunca significou nem significa desordem, indisciplina, caos, anarquia, libertinagem, ausência de valores e ausência de rumo. Pressupõe deveres e responsabilidades, num exercício de cidadania permanente, porque os cidadãos têm direitos, mas têm que cumprir, escrupulosamente, de modo ético, os seus deveres, para, assim, a Democracia Parlamentar e Representativa amadurecer, ser mais funcional e se aperfeiçoar, porque Portugal, por paradoxo, ainda mantém elementos estruturais medievos e obsoletos (como a Concordata com o Vaticano, renovada, por paradoxo, em 2004, em plena Democracia Parlamentar e Representativa, num acto que é contra aquilo que é garantido e estipulado pela Constituição da República Portuguesa) que têm de ser extintos com responsabilidade institucional.
A influência da Europa livre e civilizada, racional, ordenada e pragmática, nas últimas décadas, foi muito positiva para Portugal, considerada em termos gerais. A União Europeia deve tornar-se, cada vez mais, una e coesa e Portugal, país que sempre se localizou no continente europeu, deve integrar-se, cada vez melhor, na União Europeia, herdando aquilo que os países centrais da Europa têm de melhor. No passado, foram os valores bíblicos protestantes (que nada têm que ver com a cosmovisão medieva e latinista do Catolicismo Romano) que robusteceram os povos dos países do centro e do norte da Europa, porque o sistema axiológico bíblico protestante é aquele que está mais próximo do sistema axiológico absoluto, sagrado, bom e benévolo do sentido originário do Criacionismo Hebraico: a Torá Hebraica, que é o sistema axiológico (perfeito e absoluto) do Próprio Criador dos Céus e da Terra, Bendito Seja O Seu Nome Sagrado.
Contudo, Portugal, a Europa e o Mundo, infelizmente, no presente, andam, em parte, desnorteados, devido à ausência de referências morais e com práticas que não são correctas nem éticas. Perante essa constatação, é necessário que, com urgência, num movimento sólido e de impacto global, os vários Estados, nos seus sistemas de ensino e de educação, ensinem, promovam e divulguem os valores morais noahides do sentido originário do Criacionismo Hebraico, que foram revelados na Torá, pelo Próprio Criador dos Céus e da Terra, Bendito Seja O Seu Nome Sagrado, por intermédio do Povo Judeu, aos seres humanos, num movimento que se iniciou num êxodo de Liberdade, no Médio-Oriente, na Primavera de há 3331 anos atrás e que deu origem à verdadeira Festa da Liberdade, que se está a comemorar durante esta semana: a Pessach. São esses valores axiomáticos universais (que são libertadores e redentores, absolutos, sagrados, bons e benévolos e que se reportam à estrutura ontológica e orgânica de qualquer ser humano) que, na escatologia humana direccionada para a Era Messiânica, destruirão, de vez, as malévolas e insanes trevas medievais e efectivarão mesmo o aperfeiçoamento moral, científico e técnico do Mundo e contribuirão, de modo real, para a paz, para a harmonia e para a rectidão prática e ética entre todos os seres humanos das várias idiossincrasias culturais do planeta Terra.
Qualquer pensamento, noção, acto ou prática que colida com os valores universais das 7 Leis Noahides é um grave retrocesso civilizacional.