11 de dezembro de 2021
Arouca tem de estar, para sempre, na Área Metropolitana do Porto
11 de novembro de 2021
Prevê-se que a 2ª fase da variante à EN326 esteja concluída em Novembro de 2022
10 de novembro de 2021
Manuel Valério Soares Figueiredo (1962-2021)
23 de outubro de 2021
As estórias da história do Festival da Castanha
O festival da castanha está de volta agora que a pandemia parece querer dar tréguas. A autarquia já anunciou que, ainda que não nos moldes habituais, irá realizar um conjunto de actividades para marcar o regresso deste evento âncora cada vez com mais protagonismo na agenda cultural do concelho. Sendo esta a sua 10ª Edição ( ou a 9ª caso saltemos o ano de 2020 onde não decorreu) seria interessante recordar como tudo começou.
Antes de 2011 ( sua primeira edição) já por várias vezes tinha pensado que existia um evento que marcava a transição de uma Arouca culturalmente rica e cheia de actividade para uma espécie de hibernação cultural que durava até épocas do Natal. A feira das Colheitas o maior evento do concelho marcava esta transição. Frequentava à data alguns festivais de músicas do mundo e ligados às raízes tradicionais e culturais das gentes ( Andanças, Byonrtimos, Trebilhadouro, etc....) que decorriam também invariavelmente no Verão. Posto isto e no rescaldo de umas colheitas falei com dois amigos, Joaquim Alves ( Quim Albano) músico bastante ligado a este tipo de eventos e o Nuno Costa ( Picasso) empresário do sector da restauração para nos juntarmos e organizarmos algo semelhante neste hiato temporal e cultural em Arouca, fora da agenda da maioria dos eventos nacionais e tendo como tema a castanha. Arouca era e é reconhecida pela terra da castanha e não tínha um único evento cultural/gastronómico que o assinalasse. E assim começou. Reunimos com a autarquia e apresentamos o nosso projecto. Desde de uma primeira reunião verificamos que seria necessário uma pareceria associativa para obtermos o apoio do município. Convidamos então umas das mais antigas associações do concelho e também ligada à música folclore: a Casa do Povo de Arouca. Convidamos alguns grupos musicais que por ligações de amizade "facilitaram" e aceitaram o nosso convite. Os dois primeiros grupos actuarem no festival da Castanha foram: o grupo de musica popular da região de Coimbra Fonte na Pipa e o grupo de músicas do mundo da região do Douro Andarilhos. Da parte da autarquia conseguimos que autorizassem o uso do pátio interior do convento e montassem uma tenda, que na altura pedimos que fosse transparente, onde decorreria o festival. Com a casa do Povo organizamos alguns workshops de danças tradicionais e montamos um restaurante dentro da sala dos arcos que serviria de apoio ao mesmo e onde a castanha seria rainha. Arriscamos e decidimos que a entrada seria paga, ainda que de valor simbólico, algo que não era comum em Arouca. O objectivo era que o festival fosse sustentável por si e que as entradas suportassem o custo do mesmo. O festival foi um sucesso e exatamente aquilo que idealizamos. O segundo ano, 2012, repetimos a receita mas desta vez já com uma maior participação/suporte económico por parte da autarquia. O festival passou a ser de entrada de gratuita.Em 2013 e na sua terceira edição os três ideólogos do festival "saem de cena" e deixam a Casa Povo de Arouca e município de Arouca como organizadores do evento. O resto é história conhecida.
Este ano está aí mais uma vez o festival da castanha um evento que partiu da sociedade e que o município aproveitou e transformou num dos marcos culturais anuais do concelho.
17 de outubro de 2021
Prof. Fernando Miranda (1936-2021)
10 de outubro de 2021
Querido, Padre Vilar!
Rosa Sousa
8 de outubro de 2021
Padre Américo Brandão Pereira Vilar (1938-2021)
Para além do múnus sacerdotal, a que se dedicou sempre com empenho, e também das funções de professor, que desempenhou sempre com dedicação, o Padre Américo Vilar, fazendo uso do lema "ninguém é Padre para si mesmo, mas para os outros", para além de um cidadão disponível e afetuoso, foi um empreendedor e interveniente ativo na vida social, associativa e institucional do concelho, tendo estado associado à fundação de várias associações e entidades relevantes, nas quais desempenhou diversos cargos e funções, bem como ao lançamento e edificação de várias e importantes obras, nomeadamente, de cariz religioso, humanitário e social.
Endereçamos as nossas condolências à família e curvamo-nos saudosa e respeitosamente perante a sua memória.
Paulo Teixeira
António Brandão de Pinho
2 de outubro de 2021
A vingança e defesa das gentes de Arouca
Na introdução ao meu trabalho "O Último Capitão de Ordenanças e Milícias de Arouca", refiro que: «a história das Invasões Napoleónicas e/ou das Lutas Liberais está mais do que estudada e sistematizada. E a transição do Antigo Regime para o Liberalismo também. No entanto, como se verificará, não estão estudados muitos dos factos e acontecimentos locais de Arouca nem evidenciados alguns dos seus protagonistas, que se relacionam com essa história. É verdade que sem relevância para a história nacional, mas com muita importância para a nossa história local.»
Um desses factos e acontecimentos, que não abordo na versão preliminar daquele estudo, mas que aqui conto por aditamento, é o que se retira de um assento de óbito lavrado nos livros da paróquia de São Bartolomeu de Arouca, que transcrevo integralmente: «Aos trinta do mês de Março do anno de mil oito centos e nove, prezo pelo povo, e depois confefsado e excommungado hum homem que unanimemente se dizia ser o Capitão mor José d'Oliveira Camossa da Terra da Feira, foi pelo mesmo povo afsafsinado por dizerem que era traidor à Pátria, e para que a todo o tempo constafse fiz este afsento. Foi enterrado no adro desta Igreja aos trinta e hum do mesmo. Era ut supra. O Pároco José Vicente Carneiro de Vasconcelos Nobre.»
Este inusitado e surpreendente acontecimento assume ainda maior relevo se o contextualizarmos e percebermos o que levou a população de Arouca a fazer justiça pelas próprias mãos, sob a grave acusação de traição à Pátria. O contexto é o das Invasões Napoleónicas, mais especificamente o da Segunda Invasão, liderada pelo marechal Soult, que virá a ocasionar o célebre desastre da Ponte das Barcas, que unia as margens do Porto e Vila Nova de Gaia, ocorrido em 29 de Março de 1809, levando à morte por cruel afogamento de mais de quatro mil pessoas, militares e civis.
Nesse dia, para sempre recordado como de perpetuo luto e horror, encontrava-se na cidade do Porto, entre muitos outros militares e civis, inclusive de Arouca, José de Oliveira Camossa, comandando as milícias e ordenanças de Oliveira de Azeméis, quando, inesperadamente, ali entraram as forças comandadas pelo marechal Soult, desencadeando o alvoroço que, para além doutras atrocidades, viria a provocar aquela tragédia. Facto a que não foi alheia a retirada atabalhoada e cobarde de muitas milícias e ordenanças, entre as quais as comandadas por Camossa, que se retirou pela margem esquerda do rio, deixando que os seus homens fugissem em debandada para suas casas.
Camossa só terá olhado para trás já na descida da Farrapa para o vale de Arouca, para onde fugiu e chegou no dia seguinte, com o fito de se alojar em casa de um individuo que reputava seu amigo, mas que, percebendo o sucedido, logo o denunciou como traidor ao povo revoltado e solidário com os seus filhos e conterrâneos ainda por parte incerta, quem sabe a sucumbir nas águas do Douro, pelo que foi imediata e impiedosamente assassinado.
João de Oliveira Camossa, para além de capitão-mor de Oliveira de Azeméis, que em seu favor se separou da capitania-mor da Feira, era Fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo, e avô materno de Manuel Baptista Camossa Nunes Saldanha, natural da Casa da Terça, de Mansores, que veio a ser, entre outros cargos, presidente da Câmara e Administrador do Concelho de Arouca durante vários anos, agraciado com título de Visconde de Albergaria de Souto Redondo pelo rei D. Carlos I.
* * *
As milícias e ordenanças de Arouca ter-se-ão esforçado e demorado um pouco mais, mas não sem sofrer as consequências desse esforço. Com efeito, ficaram acometidos de consideráveis incapacidades os próprios capitão-mor Manuel José de Almeida Ferraz Bravo e sargento-mor José de Bessa Brandão, a tal ponto de, para se estabelecer a rápida defesa de Arouca, sempre cobiçada pelas riquezas do seu Mosteiro, mas agora também exposta a represálias, logo a 5 de Abril se tivesse ordenado a António Gomes do Vale Quaresma, capitão de uma das companhias locais, que daí em diante lhe fosse tudo responsável, visto que os lideres atuais, pelas suas moléstias, não se encontravam mais em estado de bem servir.
Poucos dias depois, ordena-se também ao capitão da companhia de Malta, Manuel Joaquim de Sousa Brandão, que, com oito homens de espingardas ou dez com um cabo, sigam para a ponte de Telhe e aí coloquem uma barreira que possa abrir e fechar sempre que necessário, com a promessa de serem rendidos de vinte e quatro em vinte quatro horas.
A 19 de Abril, o brigadeiro inglês Robert Wilson é encarregado de comandar a vanguarda do exército português e, nomeadamente, vigiar os caminhos que passam por Arouca em direção ao Porto e Entre-os-Rios, dispondo de três batalhões de caçadores, com duas companhias do regimento britânico, formando tudo uma brigada ligeira. As suas avançadas colocaram-se na Farrapa, ponto vantajosamente situado na cumeada divisória entre as águas do Douro e do Vouga, a meia distância entre Arouca e Oliveira de Azeméis, e donde era fácil comunicar pela sua esquerda com as tropas do coronel Trant, que vigiava a linha do Vouga.
No dia 28 de Abril, Wilson encarrega o major Luís Paulino Pinto da França «...da defesa da vila de Arouca e sua linha, de reconhecer e proteger todos os caminhos e avenidas para a dita vila e desta e das estradas de Lamego para o Porto, e pela vizinhança da margem do Douro e, finalmente, de fazer o que for conveniente para o bem do serviço e operações militares deste exército, para o que as ordenanças, autoridades militares e civis lhe prestarão os devidos e requeridos serviços. De todas as suas operações deve a dita vila esperar a sua segurança, que eu apoiarei e socorrerei com a competente tropa quando seja necessário e recomendo àqueles povos que, com fidelidade ao seu Soberano e amor à sua independência resistam, como honrados portugueses ao jugo de um tirano e ao ultraje da sua religião.»
Por sua vez, estando já as forças inimigas muito próximas dos limites do concelho e devidamente posicionadas, a certa altura Soult manda avançar um contingente sobre Arouca, quiçá para vingar alguma morte de que lhes chegara notícia ou para, muito simplesmente, saquear o Mosteiro e obter não só objetos de valor mas também víveres para os seus homens e animais. Porém, o major Pinto da França aguardava-os já nas gargantas e trincheiras da Farrapa, onde os enfrentou com grande coragem, obrigando-os a retroceder para trás da defesa organizada desde os pendores de Rossas até à ponte do Carvalhal, onde as tropas francesas, durante nove dias, tentaram a incursão em Arouca, mas sem nunca conseguirem avançar, até que, por fim, desmoralizadas, acabaram por desistir.
A Segunda Invasão Napoleónica teve o seu fim após a Segunda Batalha do Porto, travada a 12 de Maio de 1809, que ditou a retirada das tropas francesas do Norte de Portugal.
22 de agosto de 2021
Casa Grande dos Brandão-Malafaia
21 de agosto de 2021
A mancha florestal de Arouca - 72% Eucalipto
Arouca é, ainda hoje, um território maioritariamente agrícola e florestal. A enorme mancha verde que se espalha por todo o concelho pode ser vista e verificada subindo a qualquer um dos montes e serras do concelho ou percorrendo as estradas e caminhos rurais que serpenteiam todas as encostas e vales.
O último grande incêndio de Arouca ocorreu nos anos de 2016 e 2017, em que no somatório dos dois anos cerca de 70 % da área de floresta e mato do concelho se perdeu. De lá para cá o que de diferente se fez? Que politicas florestais se implementaram? Que espécies autóctones se promoveram e plantaram? Que controlo se fez da monocultura desenfreada do eucalipto?
O parque florestal municipal, já por mim apresentado, aqui e noutros locais, quando sairá do papel? Passaram 5 anos desde 2016. Temos uma mancha florestal com uma idade de corte das árvores e matos muito semelhante pois todos arderam faz 5 anos. De que estamos à espera? De mais 5 anos para voltarmos a zero?
Deixo um número em forma de questão para possamos refletir: num concelho que se pretende exemplar num turismo de natureza e práticas ambientais de vanguarda termos cerca de 72% da mancha florestal coberta por eucalipto. Será um bom exemplo e o caminho a seguir?
15 de agosto de 2021
O Chafariz da Praça, nos encontros e desencontros da sua própria história
10 de agosto de 2021
Terá sido o Memorial de Santo António uma obra dos Cavaleiros Hospitalários?
É uma hipótese que nunca vi colocada, nomeadamente, por algum dos vários autores que escreveram sobre este Memorial, sobre o conjunto de memoriais (de Ermida e Sobrado e até mesmo o de Alpendurada) que a este associam num eventual percurso do cortejo fúnebre da Rainha Santa Mafalda, ou sobre o local e circunstâncias do seu falecimento; mas, a possibilidade de, pelo menos o dito Memorial de Santo António do Burgo (sito na freguesia de Santa Eulália), ter sido uma obra dos Cavaleiros Hospitalários, pode não ser descabida.
Com efeito, pode até estar ali devidamente patenteada essa possibilidade, mas a que nunca se terá prestado a devida atenção, com exceção - que eu conheça - ainda que por mera hipótese, do arqueólogo Manuel António Silva, já na década de oitenta (e eu apenas no passado fim-de-semana). Pois é, sem grande margem para dúvidas, uma cruz hospitalária ou de Malta (de oito pontas) que fecha o arco de volta perfeita simples do Memorial de Santo António do Burgo, a qual sobressai, em chefe, e se distingue perfeitamente da restante decoração, predominantemente geométrica e vegetalista, que emoldura a arquivolta daquele monumento.
30 de julho de 2021
45 Anos de Poder Local Democrático
Com as eleições de 26 de Setembro próximo cumprem-se 45 Anos de Poder Local Democrático e 13 idas às urnas para eleição dos respetivos órgãos autárquicos. A foto acima, de um conhecido edifício municipal - sede dos Paços do Concelho entre 1864 e 1933 -, tirada por Adílio Ferreira da Silva e colecionada em "Contributos para o Futuro Arquivo de Arouca", reportar-se-á precisamente à propaganda para as primeiras eleições autárquicas realizadas após o 25 de Abril de 1974, que tiveram lugar em 12 de Dezembro de 1976.
Em Arouca, concorreram a esse primeiro sufrágio quatro forças políticas: o Partido Social Democrata (PPD/PSD), o Partido Socialista (PS), o Centro Democrático Social (CDS) e a Frente Eleitoral Povo Unido (FEPU), de que saiu largamente vencedor o Partido Social Democrata, que elegeu o Presidente da Câmara e três Vereadores, assegurou a eleição da Mesa da Assembleia Municipal, ao eleger 12 deputados diretos, e venceu em 12 Juntas de Freguesia.
A tendência vitoriosa do PSD no concelho de Arouca saiu ainda mais reforçada nas eleições seguintes, de 1979, 1982, 1985 e 1989. Os principais protagonistas deste feito, dada a maior relevância sempre atribuída ao candidato à Câmara, foram Zeferino Duarte Brandão e Joaquim Brandão de Almeida, ambos naturais da freguesia de Várzea, que também presidiram à Assembleia Municipal por vários mandatos, depois dos três primeiros mandatos liderados por Maria Salomé Valente Martingo Serdoura.
Com as eleições de 1993 deu-se uma mudança de ciclo na Câmara Municipal, protagonizada pelo Partido Socialista e, nomeadamente, por José Armando de Pinho Oliveira, até então sempre candidato e eleito deputado à Assembleia Municipal por partidos e coligações mais à esquerda, designadamente, pela FEPU, APU e MDP/CDE-PRD. Nesse primeiro mandato socialista a Assembleia Municipal ainda se manteve social-democrata, mas nas eleições seguintes foi também conquistada pelo PS, cuja lista foi encabeçada por Carlos Alberto Gomes Ferreira. De 1993 para 1997, o PSD perdeu também mais de metade das freguesias.
Desde então, a tendência vitoriosa do PS para a Câmara Municipal consolidou-se e reforçou-se com a eleição e reeleição sucessiva de José Armando de Pinho Oliveira e José Artur Neves, que lideraram o município entre 1994 e 2017, ano em que foi eleita, também pelas listas do PS, Maria Margarida de Sousa Correia Belém, que já integrava o executivo municipal desde 2010.
Nestas próximas eleições, ao que tudo indica, apresentar-se-ão a sufrágio quatro forças políticas: o PS, a coligação PSD/CDS/PPM/IL, a CDU (PCP/PEV) e o ERGUE-TE, cujas listas à Câmara Municipal serão encabeçadas, respetivamente, por Margarida Belém, Vítor Carvalho, Lara Pinho e Anselmo Filipe Oliveira, os quais têm agora o palanque e a palavra, a oportunidade de perspetivarem o futuro e de contribuírem para o desenvolvimento do nosso concelho, e honrar 45 Anos de Poder Local Democrático. Que seja uma campanha construtiva, esclarecedora e mobilizadora!
20 de julho de 2021
Gentil Moreira de Sousa (1929-2021)
19 de julho de 2021
A Pensar Alto! Coisas menores... ou maiores. A Pista.
Abaixo assinado
À Exma. Sra. Pres. da Câmara municipal de Arouca
Nós, abaixo assinados, moradores e frequentadores da estrada nacional 224, atual Av. 25 de Abril, no troço compreendido entre o Cimo do Burgo e a partilha com Santa Eulália, pretendemos desta forma alertar mais uma vez para o sentimento de abandono com que nos defrontamos diariamente ao constatar as situações anómalas de circulação nesse pequeno troço que põe em causa a segurança de todos os munícipes que por cá circulam.
A nossa segurança, dos nossos amigos, dos nossos familiares, de todos os que são obrigados a circular, seja a pé ou nas viaturas, está constantemente em causa pelo incumprimento de muitos que não cumprem minimamente as regras de trânsito circulando a altas velocidades sem respeito pelas próprias vidas e principalmente a dos outros.
Apesar da sua curta extensão, é um percurso com imensos perigos para quem lá circula, para quem tem de percorrer os estreitos passeios, para quem é obrigado a diminuir a marcha ou entrar na via por lá ter habitação, para quem pretende utilizar os serviços da meia dúzia de estabelecimentos comerciais existentes, para todos os utilizadores. Sabemos que existem meia dúzia de passadeiras devidamente assinaladas, existem mais de uma dúzia de rampas de acesso ás residências e estabelecimentos, existem algumas placas, poucas, limitadoras, mas tudo é insuficiente e tudo permite os maiores desmandos aos motoristas pouco cumpridores que por lá demonstram as potências dos veículos e o arrojo de circular a velocidades desaconselhadas a auto-estradas, quanto mais a uma estrada que se vê já como avenida urbana.
Atravessar qualquer uma das passadeiras é um exercício que faz subir a adrenalina tal o perigo de vida que se corre. As autoridades a quem cabe a fiscalização de tais desmandos não podem estar sempre presentes o que facilita a sensação de impunidade. Solicitamos por isso a sua intervenção para a resolução desta situação. Só lhe pedimos como autoridade, que nos permita ter segurança e o mínimo de tranquilidade pois nós como munícipes deste Concelho tão falado pelas iniciativas de sucesso, lhe agradeceremos entusiasticamente. Atravessar uma rua não pode colocar a vida em risco, circular num passeio não deve colocar a vida em risco, entrar nos acessos das residências ou dirigir se a uma casa comercial, não deve colocar a vida em risco. Sabemos que está de acordo e dirigimo-nos a si com fundadas expectativas na resolução deste problema, seja com lombas redutoras, semáforos limitadores, mais e melhor sinalização, aumento de fiscalização, e tudo o mais que normalize esta perigosa situação na entrada da nossa Vila.
Certos que nos lerá com toda a atenção, agradecemos lhe antecipadamente a resolução urgente desta situação. Com cumprimentos, os moradores, e utilizadores que sentem permanentemente as suas vidas em perigo…
Assinaturas:
4 de julho de 2021
Figueiredo Sobrinho e Simões Júnior: dois homens, dois apelidos e duas alcunhas
20 de junho de 2021
Uma conquista de todos nós!
“Uma conquista de todos nós” foi
uma frase que o FCA colocou nas suas redes sociais aquando a efetivação da
subida e que me fez pensar no “todos nós”.
Nós, somos Armando Evangelista e
a sua equipa técnica, uma aposta acertada para almejar objetivo. Não sei se o objetivo
no início da época seria a subida, talvez nos melhores sonhos, mas a verdade é
que ao longo da temporada este treinador veio demonstrando e cimentando a
qualidade que já lhe era reconhecida nas lides do futebol e que aguardava
somente o momento certo.
Nós, somos o conjunto de jogadores,
alguns já com alguns anos de casa e com a escola do Arouca que acredito tenham já em si; aquele sentimento tantas
vezes apregoado a entrada de cada jogo “o orgulho Arouquense”.
Nós, somos, acima de tudo e
antes de tudo, a equipa diretiva liderada por Carlos Pinho. Os feitos desportivos
alcançados por este presidente na história do FCA são inacreditáveis e incomparáveis
se narrados na lógica do futebol de milhões e de massas de hoje. Passamos
de um clube de distrital a jogar num campo pelado, há pouco mais de uma dúzia
de anos, para um clube que consegue uma classificação para a liga Europa e que vai
jogar a Atenas contra o Olympiacos ou um
clube que vai ganhar ao estádio do Dragão só para citar dois exemplos. E quando tudo parecia estar a desmoronar-se
com duas descidas de divisão, com uma crise financeira, com um plano de insolvência
e um PER eis que, como Fénix, liderado novamente por Carlos Pinho, o FCA volta a
ribalta e aos grandes do futebol português. Anacrónico que na mesma temporada
em que a “existência” do FCA enquanto clube e associação desportiva se vê
ameaçada consiga voltar a surpreender tudo e todos e voltar ao topo do futebol
nacional. Sendo o futebol um negócio, muito dificilmente uma empresa que estaria
para falir conseguiria no mesmo ano apresentar os melhores resultados de
sempre. Mas o futebol é isto mesmo, acima de tudo muito acreditar e muita
paixão.
Carlos Pinho e a sua gestão não são
unânimes entre os arouquenses e na suas relações com outras entidades locais
como é sabido e público. Por vezes estas relações têm sido discordantes mas,
para o bem ou para o mal, é ele que temos como principal figura de tudo o que tem
decorrido na história mais recente do clube.
Nós, temos que voltar a ser
também todos os sócios e arouquenses, que se viram afastados do clube nos
últimos dois anos. A pandemia veio agravar muito este afastamento que já vinha ocorrendo.
Temos de voltar a estar com o clube e o clube tem de voltar a conquistar todos
os sócios. O clube tem que saber também cativar os seus adeptos pois só assim
fará sentido: um clube , uma terra , uma população unida para que os feitos
sejam ainda mais grandiosos.
Somos uma vila pequena que se fez
grande, não só, mas também, à custa do seu clube e da sua direção. A expressão
todos seremos poucos faz agora e mais do que nunca todo sentido.
5 de junho de 2021
A Pensar Alto! Penso, logo existo...
15 de maio de 2021
Futebol Clube de Arouca: queda, continuidade e ascensão...
Há precisamente dois anos, sob o título "Futebol Clube de Arouca: ascensão, queda e continuidade...", escrevi aqui que: «depois de quase vinte dourados anos em que vertiginosamente atingiu o principal escalão do futebol nacional e até um vislumbre entre os grandes do futebol europeu; com a queda inesperada de divisão logo a seguir, o Futebol Clube de Arouca ficou de tal modo combalido e periclitante que, no passado domingo, não conseguiu evitar nova descida de divisão, confirmando o desdouro futebolístico e ameaçando o desgoverno financeiro da instituição».
Mas também escrevi que: «Agora, é preciso é cair com dignidade e estar à altura de não transformar o orgulho em vergonha. De não permitir que se escreva uma página negra que seja, sobre tantas de história digna, humilde e, principalmente, das destes últimos e gloriosos quase vinte anos, que tanto nos orgulharam e muito contribuíram para apontar e fixar Arouca no mapa de Portugal e do Mundo».
Acrescentando que: «Por isso, mais do que nunca, mais do que ontem e durante todo o tempo de sucesso, é preciso agora estar à altura da história de mais de sessenta anos e da glória destes últimos quase vinte. Haja esperança e determinação! Se o Futebol Clube de Arouca antes de o ser já o era, e tantas vezes superou o espectro da extinção, também não é agora que deixará de o ser. Como consta da sabedoria popular doutro povo que frequentemente gostamos de citar: "caia sete vezes, levante-se oito", porque, "as dificuldades são como as montanhas: só se aplainam quando avançamos sobre elas"».
Volvidos apenas dois anos, o Futebol Clube de Arouca está novamente à beira de inscrever mais uma gloriosa página no seu historial, depois de em apenas duas épocas ter subido do Campeonato de Portugal à Segunda Liga e estar agora muito próximo de subir à Primeira, como aconteceu na época 2012/2013.
A confirmar-se, para além do grande orgulho para todos os arouquenses, não deixa de ser uma ascensão notável, porventura muito mais significativa que a de 2012/2013, se tivermos em conta o contexto de pandemia que estamos a viver e, principalmente, que ainda recentemente pairou o espectro da extinção como nunca antes tinha pairado sobre o Futebol Clube de Arouca. Conseguir tão glorioso sucesso desportivo sobre tão debilitada e insolvente situação financeira, é muito meritório e merecedor de redobrado reconhecimento e aplauso. Oxalá se concretize a subida!