1 de outubro de 2019

A Pensar Alto. As Colheitas. A nossa festa.


Terminadas  mais uma Feira das Colheitas, mesmo sem querer (tinha pensado escrever acerca de outra coisa qualquer), não resisto e vou relembrar estes 4 dias de reencontros, cansaços, muita mesa, curiosidades imensas, memórias a aparecer sem querer, olhares espantados, sentidos alertas para nada perder, muitas gentes, muitas vidas, muitas ausências, muitas gargalhadas, muita amizade, música sem parar, do passado ao futuro num breve momento. A nossa Festa é a Feira das Colheitas, e está tudo dito. Há 75 anos que se repete e sempre deixa no ar aquela sensação de que ficamos ansiosos pela do próximo ano. É porque gostamos. Esta que agora terminou teve a animação do costume. Motivos para agrado não faltaram. Apesar das obras, o tempo ajudou, as pessoas gostam das raízes, não se cansam de ver a vila e as suas transformações e correu tudo muito normal com uma ou outra crítica que até ajuda para a construção da festa do ano que vem. A exposição que durante anos foi o mais importante da velha festa, adotou o espaço do celeiro e estava com um cheirinho de passado com perfume de maçãs e estampidos dos tiro ao alvo, o artesanato adequado ao tema e em grande quantidade,ouvir de novo os carros de bois até arrepiou, as associações mostravam o trabalho feito e abordavam nos com grandes sorrisos, viu se a mais valia das nossas empresas numa construção com muito bom gosto e criatividade, os stands em grande quantidade repletos de interesses, as musicas para todos os gostos, a dança de que tanta gente gosta, os fogos com as luzes brilhantes a tentar subir alto, muito alto e perder a luz com dificuldade, o cortejo muito digno a relembrar de onde viemos com o peito feito orgulho.As desfolhadas,o gado a passear com vaidade a mostrar a todos os prémios frescos de momentos, e os donos ufanos a mostrar os frutos do seu trabalho. Lá em cima as chegas que começam a ser cartaz. E os bailes,com concertinas e mais instrumentos,aqui e ali,com tanto rodopio até ficamos tontos.As noites que parecem mais pequenas porque o dia por uma vez vem estragar as folias.As bandas,novas e antigas,sons para todos e de todos os tipos. Por causa do período eleitoral até figuras que só aparecem nestes dias, imbatíveis na simpatia e com veementes promessas que mais tarde se esquecem de cumprir. E muito mais, uma festa e pêras. Neste ano vivi a Festa de outra maneira, dentro de um stand na Avenida e foi uma experiência diferente, a festa passava à porta, ora a cantar, ora a tocar, uma animação de rua que contagia e mantém os sentidos em espírito festeiro. E muita, muita gente. Não há nada como uma festa a encerrar o Verão, a abrir o Outono e terminar mais um ciclo com as terras a abrirem se em dádivas. Para encerrar, ficam os gritos de prazer das crianças ao segurar o balão tão colorido que parece ter vida própria e só pensa ir lá bem para o alto e voar para longe, ou as sensações dos carrosséis, algumas ficam para toda a vida. Agora é só terminar, comer uma última fartura, desmontar as tendas, dar por finalizada a azáfama de mais uma festa e esperar pela próxima. Vamos é descansar.Viva a Feira das Colheitas. Foi bonita a Festa de Arouca.