28 de novembro de 2020

Senti tristeza com a surpresa que tive

 





Há algum tempo que não escrevia neste blog, por diversas razões que à direção já expliquei. Voltei a fazê-lo porque numa destas minhas ultimas voltas habituais que realizo de BTT pelas estradas e trilhos do concelho, deparei-me com uma situação que me deixou bastante triste. E que certamente, não só a mim deixará.

No lugar da Povoa, em Moldes, existia uma casa, velha, desabitada, mas ainda em pé que fazia as minhas delicias sempre que por ali passava. Até acho que a fotografava sempre que lá passava. Fazia-o por tudo. Pela lição de história que esta nos dava. Pela lição de engenharia que era. E mais que tudo, um património arquitetónico que deveria ser cuidado e preservado para a tão necessária memória futura.

A varanda desapareceu. A casa foi amputada. Foi como se lhe tivesse cortado um “membro”. Não mais será a mesma. Seguramente, não voltará a ser fotografada pelas pessoas que percorrem aquele Percurso pedestre que por ali passa.

Decerto, e salvaguardo desde já, que este ato foi feito seguramente feito com a melhor das intenções. O propósito de quem o fez foi para si o melhor. Possivelmente, a dezena de carros que passa por aquele sitio por dia pode agora passar mais depressa. Mas a casa essa nunca mais será a mesma e é de facto uma enorme perda para o local e para todo o património arquitetónico municipal.

Em resumo a mensagem que quero deixar com este texto é apenas no sentido de apelar para que existam cuidados na salvaguarda do património arquitetónico e que se evitem a realização de atos como este. Lembrar que tal como as pessoas são os mais velhos que têm mais para nos ensinar.