24 de novembro de 2020

Preocupo-me muito com Arouca e com os Arouquenses...

Em diálogo, por «e-mail», com dois dos colaboradores deste blogue «Defesa de Arouca», afirmei-lhes que me preocupo muito com a evolução de Arouca e dos Arouquenses...Quero que evoluam bem, no padrão ético e identitário são e correcto...É um sentimento espontâneo e congénito que, aliás, existe em qualquer arouquense (natural, residente ou espalhado pelo País ou pelo Mundo) que ame, verdadeiramente, Arouca e a sua identidade...Quando, neste blogue, expus, de modo muito insistente e muito repetido, a forte e muito consolidada ligação de Arouca ao Porto e à denominada área do 'Grande Porto' foi apenas para, em termos sociológicos, demonstrar factos sociais, óbvios e claros...Porque é importante que as pessoas exógenas ou que não conhecem Arouca saibam bem onde, de facto, Arouca, em termos ontológicos, se enquadra e sempre se enquadrou, em termos identitários e endógenos: no Entre-Douro-e-Minho e na Região do Norte, bem como na actual Euro-região Galiza-Norte de Portugal, no antigo distrito do Douro, no Douro Litoral, na Bacia e Região Hidrográfica do Douro e na actual Área Metropolitana do Porto. Que têm o Porto como capital, que sempre foi «a principal cidade central de referência para Arouca e para os Arouquenses»...
Porque é muitíssimo irritante ouvir-se, a todo o momento, nos «mass media», apelidar, de modo muitíssimo errado, os Arouquenses de «Aveirenses» ou «os de Aveiro». Visto que, comum com Aveiro, os Arouquenses têm apenas uma mera e absurda inserção burocrática, a partir de 1835, no distrito de Aveiro (que é apenas um (muitíssimo arbitrário e artificial, neste caso específico), entre outros, recortes administrativos e territoriais que existem no Estado português), numa altura em que os actuais distritos (que vão ser extintos, conforme aquilo que é previsto na Constituição da República Portuguesa) já pouco ou quase nada representam, como realçou, há uns tempos atrás, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira.
Preocupo-me muito com a evolução de Arouca e dos Arouquenses...Quero que evoluam bem, no padrão ético e identitário são e correcto. E, assim, agora, aproveito para dedicar, a Arouca e a todos os Arouquenses, esta belíssima 'Tirana' do Conjunto Etnográfico de Moldes (cantada, de modo genuíno, pelo 'velho Samba' e pelo sr. António do Pelote, do lugar de Fuste - Moldes) que, em termos simbólicos, é uma expressão desse pulsar vital da nossa verdadeira identidade e que, por isso, é uma 'moda' e uma dança comum a todo o território nortenho do Douro Litoral, bem como comum ao território nortenho do Entre-Douro-e-Minho, que é o «território berço» da Nação de Portugal...