2 de agosto de 2020

45,1 mil milhões de euros da U.E. - nos próximos três anos, mais do que nunca, o Norte e os Nortenhos têm que se unir...

A partir de 2021, Portugal começará a receber, da União Europeia, em parte a fundo perdido, cerca de 45,1 mil milhões euros, com um prazo de três anos para o aplicar.

Mais do que nunca (para que o rapto do ultra-parasitismo de Lisboa e arredores não se repita, em relação à sua habitual captação ultra-centralista de fundos europeus) é necessário que as instituições da Região Norte e os cidadãos da Região Norte (onde Arouca se insere e se enquadra, desde que Portugal é Portugal) se unam, como nunca, na aplicação concreta, legítima, legal e merecida de uma grande parte da totalidade desses fundos no território da Região Norte e nos vários tipos de instituições nortenhas.

A Região Norte, que tem muita coerência identitária, é, em Portugal, a região mais populosa, a mais industrializada, a única que exporta mais do que importa, a mais laboriosa, a que mais produz e a que mais contribui para o PIB, entre outros muitos e variados aspectos positivos, etc. etc., mas, por paradoxo, continua, em termos estatísticos, ao contrário do que acontecia no passado, a ser a mais pobre de Portugal!!! Isto porque as estatísticas (que encobrem processos com frequência e revelam, sobretudo, quantidades, mas não revelam as qualidades e as idiossincrasias, que também são elementos de várias espécies de capital) encobrem os grandes problemas e as grandes injustiças que estão na origem desta situação nacional lamentável do Estado português: que é o modo ultra-centralista como funciona o Estado português há bastante tempo, a partir de Lisboa e arredores. E o ultra-centralismo ultra-parasita de Lisboa e arredores, para mal de todos os Portugueses, infelizmente, radicalizou-se nas últimas décadas. Isto aliado ao facto da maioritariamente sub-urbana Lisboa ser, como sempre foi, uma péssima capital  de Portugal.

A partir de 2021, Portugal vai receber, da U.E., 45,1 mil milhões de euros para aplicar durante 3 anos 

É tempo de acabar, de vez, com essa grande injustiça gritante. A Região Norte tem, por essa razão, direito a uma grande parte da totalidade desses fundos europeus, uma vez que é, na realidade, como sempre foi, «o verdadeiro motor económico de Portugal», para que, assim, melhor se efective a tradicional dinâmica endógena do Norte e dos Nortenhos. Para que seja gerada mais riqueza aqui no Norte, mas para ser aplicada aqui no Norte e não em Lisboa e arredores. Para isso, o processo de Regionalização de Portugal tem também de se concretizar, com muita urgência, nos próximos anos, para bem de todos os Portugueses, no contexto da União Europeia e das suas euro-regiões.

Portanto, repito, é necessário que as instituições da Região Norte e os cidadãos da Região Norte (onde Arouca se insere e se enquadra) se unam, mais do que nunca, nos próximos três anos da aplicação desses fundos, provenientes da União Europeia, a que, legitimamente, têm direito.

Ler, por favor, estes artigos: 1)  e  2) e  3)

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Pelos vistos, como revelam algumas notícias de ontem (4/8/2020), o actual Governo ultra-centralista (se se não fizer nada, com urgência, para contrariar esta situação muito preocupante) prepara-se para, mais uma vez, praticar o rapto ultra-centralista de fundos europeus, ao pretender canalizar esses fundos, maioritariamente, para Lisboa e arredores, num acto muitíssimo injusto e que parece ser ilegal!!!

É escandaloso!!! Ler, por favor, estes artigos, a esse propósito: A) e  B)

ESTA SITUAÇÃO MUITÍSSIMO INJUSTA NÃO PODE CONTINUAR MAIS ASSIM: A REGIONALIZAÇÃO DE PORTUGAL TEM QUE SER MESMO CONCRETIZADA, O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL, PARA BEM DE PORTUGAL COMO UM TODO E PARA BEM DE TODOS OS PORTUGUESES:

"Os problemas das regiões têm de ser tratados e resolvidos por quem nelas vive, precisamos de meios e decisores de proximidade, que respondam perante as pessoas, que sejam democraticamente eleitos através de sufrágio universal. Os custos da regionalização serão um investimento nas pessoas que nelas vivem. Os argumentos patéticos de que com a regionalização se estariam a criar novos lugares políticos e mais “tachos” é uma imbecilidade, pois esses lugares existem há muito numa administração concentrada e que não responde perante os cidadãos. Elegermos os decisores regionais (e sermos eleitos) é uma responsabilidade cívica e um direito democrático de todos."