8 de janeiro de 2019

Sobre o ultra-centralismo e o ultra-parasitismo de Lisboa e arredores em relação à Região Norte

  Relativamente a um dos fenómeno descritos no meu texto anterior: o fenómeno do ultra-centralismo e do ultra-parasitismo de Lisboa e arredores em relação à Região Norte de Portugal (Arouca insere-se de modo identitário e pertence à Área Metropolitana do Porto e à Região Norte), há um texto na internet, embora contenha algumas imprecisões, que descreve bem este fenómeno, onde se pode ler, entre outras passagens, o seguinte:

" Mas, paradoxo dos paradoxos: É MESMO O MAIOR PARADOXO INJUSTO DE PORTUGAL, apesar da Região do Norte ser a mais industrializada, a que mais exporta e a que tem uma balança comercial ‘superavitária’, com uma taxa de cobertura de exportações de 140%, continua na cauda dos rendimentos, em termos estatísticos, continuando a ser, em termos estatísticos, a região mais pobre de Portugal e uma das mais pobres da União Europeia, de acordo com o mais recente estudo do Eurostat, que analisou o PIB per capita de 276 regiões de 28 países, concluindo que a Região do Norte tem uma riqueza per capita de 13 900 euros, ou seja, 35% menos do que a média europeia. Apesar de, nos últimos cinco anos, a Região Norte quase duplicou o seu saldo positivo, em bens transaccionáveis, agora acima dos cinco mil milhões de euros, enquanto que há, contudo, uma região com saldo negativo: a Área Metropolitana de Lisboa, que assegura mais de 15 mil milhões de euros de “prejuízo” na balança comercial de bens transaccionáveis.
Região Norte de Portugal

  E PORQUE É QUE É ASSIM?! QUAIS AS CAUSAS REAIS DESTA GRANDE INJUSTIÇA SOCIAL? As respostas concretas e científicas são as seguintes – Esta situação deve-se ao secular centralismo excessivo da cidade de Lisboa e do território que envolve a actual capital administrativa de Portugal, onde estão localizados os vários tipos de instituições do poder central do Estado, bem como as sedes de vários tipos de instituições privadas. Esse centralismo excessivo radicalizou-se, nos últimos tempos. Os vários serviços centrais do Estado de natureza económica, tributária e fiscal, sediados em Lisboa e no território envolvente, através de vários tipos de impostos, do IRS, do IRC, de vários tipos de emolumentos e de vários tipos de taxas económicas e fiscais, vêm buscar esses fundos, sobretudo, à Região do Norte, que é a mais populosa e a mais exportadora e a que mais contribui para o PIB, e, depois injectam esses fundos gerados na Região do Norte, nas várias instituições e em obras públicas do território de Lisboa e da Área Metropolitana de Lisboa, condensados, em parte, no Orçamento Anual do Estado, que costuma ser altamente centralista.
  O centralismo de Lisboa dá também externalidades à economia privada, enquanto que o spillover effect”, o famoso efeito de dispersão, que é um mecanismo inventado para desviar, para Lisboa, fundos comunitários destinados a outras regiões, aliados à hiperconcentração do Estado central, contribuem para que Lisboa e território envolvente seja, em termos estatísticos, o território mais rico, enquanto que a Região do Norte, que é a mais populosa, a que mais produz e que mais gera riqueza e a que mais exporta, continua, em termos estatísticos, a ser a mais pobre. É MESMO O MAIOR PARADOXO INJUSTO DE PORTUGAL. "

  E esta situação injusta não pode mesmo continuar mais assim...

Ver, pf, aqui, o texto integral: Região Norte de Portugal

Ver também, pf, este texto recente publicado no JN