18 de março de 2021

O Plano de Recuperação e Resiliência e a conclusão da 3.ª fase da Variante à EN326 de Arouca

Com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), parece mesmo ser a GRANDE OPORTUNIDADE para, no futuro próximo, se concluir a terceira fase da variante à EN326 de Arouca, entre a localidade da Abelheira (Escariz) e a Ponte da Cela / Ribeira (Tropêço)...Portugal, nos próximos anos, vai receber mesmo muito dinheiro de fundos europeus...
Segundo informa a imprensa arouquense, relativamente à presente 2.ª fase"a empreitada de ligação do Parque de Negócios de Escariz à A32 prossegue a bom ritmo. Neste momento, decorrem obras de arte corrente, obras de arte especiais, obras de contenção, bem como trabalhos de drenagem, terraplanagens e levantamentos arqueológicos. Prevê-se que até final do mês de março, se construam os pilares dos diferentes viadutos", referindo que "o Executivo Municipal já sinalizou junto do Governo a imperiosa necessidade de este (o PRR) contemplar a 3.ª fase da variante".
Portanto, mais do que nunca e em ano de eleições autárquicas, as instituições de Arouca e os Arouquenses têm que se fazer ouvir e reivindicar aquilo a que, há muito tempo, têm, impreterivelmente, direito: a conclusão da Variante à EN326. Sobretudo essa 3.ª fase, o mais rápido possível, que é mesmo urgente e que vai tornar muito mais rápido e muito mais funcional a tradicional, enraízada, empática e muita antiga mobilidade dos Arouquenses para o território do Porto e do denominado Grande Porto, no actual contexto da Área Metropolitana do Porto.
obras na actual 2ªfase da Variante à EN326 de Arouca
foto: jornal Discurso Directo

E há muito boas notícias para a «nossa área metropolitana», com a expansão, nos próximos anos, das linhas do Metro do Porto e com a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro para o Metro do Porto, com uma componente de ciclovia e com uma componente pedonal. 
Contudo, como descreveu o chefe de redacção do JN, "não se celebre, ainda, o fim do centralismo. Feitas as contas ao investimento nos transportes para as duas grandes áreas metropolitanas, Lisboa receberá quase o dobro (2300 milhões) do Porto (1350 milhões). Há coisas que nunca mudam. Nem a tiro de bazuca." Ou seja, este ano (mais uma vez num muitíssimo injusto acto do ultra-pernicioso ultra-centralismo ultra-parasita lisboeta do Orçamento do Estado e do Poder Central lisboeta), na área dos transportes, a Área Metropolitana de Lisboa recebe mais 950 milhões de euros do que a Área Metropolitana do Porto. 
Bastava a aplicação desse dinheiro adicional de 950 milhões de euros da Área Metropolitana de Lisboa em relação à Área Metropolitana do Porto para que o Metro do Porto chegasse até Arouca, numa linha que continuaria a de Vila Nova de Gaia, pelo «Fundo do Concelho», até à Vila de Arouca, traçada, de modo estratégico, no território, pelas localidades mais centrais desse percurso. E, depois, noutro percurso, com aplicação de mais fundos, partiria da Vila de Arouca para Vale de Cambra, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Santa Maria da Feira, Espinho e, de novo, Vila Nova de Gaia e Porto. Ou vice-versa, na ordem cronológica da construção dessas duas linhas do Metro do Porto.
Repito o que escrevi neste blogue: a Área Metropolitana do Porto e os seus habitantes bem merecem que isso se concretize, pois está-se, aqui, a descrever alguns dos municípios mais industrializados e que mais produzem, sendo dos mais dinâmicos, em termos económicos, de todo o país e que mais contribuem para o Orçamento do Estado, inseridos na Região Norte, que é a região mais populosa de Portugal, a que mais produz, a mais industrializada, a que mais contribui para o PIB e a que mais exporta, entre outros e variados bons e benévolos aspectos... Portanto, é necessário que se inverta mesmo, de vez, o ultra-centralismo e o ultra-parasitismo lisboeta do Orçamento do Estado, bem como o ultra-centralismo e o ultra-parasitismo lisboeta de captação dos fundos europeus e da sua aplicação ultra-centralista em Lisboa e arredores. Se o Metro de Lisboa se expande com pujança, porque é que o Metro do Porto não se há-de expandir também?!...Visto que o Metro do Porto é mesmo muito necessário para os municípios industrializados das partes centro-sul e sul da Área Metropolitana do Porto.
O Metro do Porto em Arouca não é uma situação utópica, irrealista ou não concretizável...Se o Metro do Porto, hoje, chega até à Póvoa de Varzim, porque é que não poderia chegar até Arouca?!...Poderia, perfeitamente, chegar a Arouca. E bastavam apenas aqueles referidos 950 milhões de euros deste ano para isso se concretizar. O custo médio de construção do Metro do Porto é de 16 milhões de euros por Km. 950 milhões correspondem a cerca de 60Km.