“Uma conquista de todos nós” foi
uma frase que o FCA colocou nas suas redes sociais aquando a efetivação da
subida e que me fez pensar no “todos nós”.
Nós, somos Armando Evangelista e
a sua equipa técnica, uma aposta acertada para almejar objetivo. Não sei se o objetivo
no início da época seria a subida, talvez nos melhores sonhos, mas a verdade é
que ao longo da temporada este treinador veio demonstrando e cimentando a
qualidade que já lhe era reconhecida nas lides do futebol e que aguardava
somente o momento certo.
Nós, somos o conjunto de jogadores,
alguns já com alguns anos de casa e com a escola do Arouca que acredito tenham já em si; aquele sentimento tantas
vezes apregoado a entrada de cada jogo “o orgulho Arouquense”.
Nós, somos, acima de tudo e
antes de tudo, a equipa diretiva liderada por Carlos Pinho. Os feitos desportivos
alcançados por este presidente na história do FCA são inacreditáveis e incomparáveis
se narrados na lógica do futebol de milhões e de massas de hoje. Passamos
de um clube de distrital a jogar num campo pelado, há pouco mais de uma dúzia
de anos, para um clube que consegue uma classificação para a liga Europa e que vai
jogar a Atenas contra o Olympiacos ou um
clube que vai ganhar ao estádio do Dragão só para citar dois exemplos. E quando tudo parecia estar a desmoronar-se
com duas descidas de divisão, com uma crise financeira, com um plano de insolvência
e um PER eis que, como Fénix, liderado novamente por Carlos Pinho, o FCA volta a
ribalta e aos grandes do futebol português. Anacrónico que na mesma temporada
em que a “existência” do FCA enquanto clube e associação desportiva se vê
ameaçada consiga voltar a surpreender tudo e todos e voltar ao topo do futebol
nacional. Sendo o futebol um negócio, muito dificilmente uma empresa que estaria
para falir conseguiria no mesmo ano apresentar os melhores resultados de
sempre. Mas o futebol é isto mesmo, acima de tudo muito acreditar e muita
paixão.
Carlos Pinho e a sua gestão não são
unânimes entre os arouquenses e na suas relações com outras entidades locais
como é sabido e público. Por vezes estas relações têm sido discordantes mas,
para o bem ou para o mal, é ele que temos como principal figura de tudo o que tem
decorrido na história mais recente do clube.
Nós, temos que voltar a ser
também todos os sócios e arouquenses, que se viram afastados do clube nos
últimos dois anos. A pandemia veio agravar muito este afastamento que já vinha ocorrendo.
Temos de voltar a estar com o clube e o clube tem de voltar a conquistar todos
os sócios. O clube tem que saber também cativar os seus adeptos pois só assim
fará sentido: um clube , uma terra , uma população unida para que os feitos
sejam ainda mais grandiosos.
Somos uma vila pequena que se fez
grande, não só, mas também, à custa do seu clube e da sua direção. A expressão
todos seremos poucos faz agora e mais do que nunca todo sentido.