10 de novembro de 2018

O Emprego em Arouca

No Entre Douro e Vouga (EDV), em 2001, Arouca era o concelho que apresentava a maior taxa de desemprego, com 6,9%, enquanto a média do EDV era de 4,6%.

Após 10 anos, em 2011, o cenário era diferente. O município de Arouca era, a par com o de Vale de Cambra, o que apresentava a menor taxa de desemprego (8,1%), no contexto do EDV, onde a média dos cinco municípios era de 12,0%. Este valor, que numa leitura imediata parece óptimo, quando comparado com a restante região e país, se tivermos em linha de conta o facto do concelho ter vindo a perder população e a não conseguir ainda fixar muitos dos seus jovens ou a captar população para aqui residir ameniza um pouco estes números.

Outro dado interessante a ser analisado, tendo em linha de conta os três sectores económicos (primário, secundário e terciário), é o que nos mostra que Arouca era, no contexto do EDV, o concelho que, em 2011, tinha o valor de ordenado mais baixo - 788,20€ (ilíquido). Vale de Cambra era o município com o ganho médio mensal mais elevado - 1038,10€, o que não será alheio a ser um município altamente industrializado e com trabalho especializado. Esta situação não deixa de ser um contrassenso para os nossos vizinhos, pois apesar de terem o ganho médio mensal mais elevado continuam sem conseguir fixar população.

Estes e outros dados datam de 2011. Seria muito interessante e importante ter dados mais recentes e actuais para que possamos aferir de forma mais correcta o impacto que os últimos anos de ouro do sector do turismo, bem como o desenvolvimento das zonas industriais e suas indústrias têm e tiveram nestes números e na qualidade de vida dos Arouquenses.

Quantos serão os Arouquenses que cá vivem e saem todos os dias para trabalhar fora do concelho e quantos serão os que de fora do concelho para cá se deslocam todos os dias para trabalhar?