23 de abril de 2021
Nunca, como hoje, foi tão necessário concretizar a Regionalização
19 de abril de 2021
Simão Oliveira e a vitória pelo que (en)canta
Quando concluir este apontamento que vou escrevendo noite dentro, com o The Voice Kids em fundo, já o Simão, muito provavelmente, venceu esta edição do programa e todos estejam a festejar ou a associar-se aos festejos da vitória e a comentar a sua prestação, não havendo, provavelmente, muito a acrescentar, para além de, como arouquense e amigo da família, me associar também e manifestar o orgulho pelo tanto que (en)cantou.
Gala após Gala, a crescente mobilização dos arouquenses, que se evidencia pelas redes sociais, com o pessoal do comércio e instituições locais, e até a própria presidente da Câmara, a ostentar o cartaz do Simão, como declaração de apoio, indicia uma forte possibilidade de vitória. Com efeito, é o público, pelo seu voto, que tem o poder efetivo de decisão e, por isso, a importância da mobilização.
Não vale a pena questionar agora as regras do concurso. São conhecidas de todos, especialmente dos interessados, desde o início e todos têm ao seu alcance fazer o que mais puderem com vista ao melhor resultado possível. A decisão podia, muito naturalmente, ser dos mentores ou de um júri, mas, das galas à final, não é, e todos sabem que não é. E, também por isso, se sabe que não estão em jogo apenas as interpretações musicais, mas também o mais que cada um dos concorrentes é e faz por merecer eliminatória após eliminatória, e até mesmo independentemente destas.
Se não fosse de Arouca e não conhecesse o Simão, a minha eleita seria a Rita Rocha. Mas sou de Arouca e conheço o Simão, pese embora nunca tenha falado com ele para além da circunstância em que me cruzo e converso com o pai na sua companhia; e, provavelmente, ele não me conheça até tão bem como eu o conheço, mas, a verdade é que também não sou nem serei já tão conhecido e famoso como ele é, ainda com apenas 14 anos. Porém, o facto de ser seu conterrâneo e o conhecer, é-me mais e bastante para, independentemente das interpretações - que aprecio pelo que lhes empresta de genuíno e sentido -, lhe dar o(s) meu(s) voto(s) e torcer pela sua vitória.
Acresce que o Simão, para além do seu singular talento e inegável preferência pelo fado, revelou sempre uma faceta e personalidade genuínas - como sabemos -, mas raras e peculiares nessa idade, o que muito engradeceu a participação e colmatou qualquer insuficiência e até a invariabilidade do género musical, não deixando ninguém indiferente, dentro e fora do concurso, como, de resto, foi sendo manifestado por todos os mentores e pela esmagadora maioria do público. Por isso, independentemente do desfecho desta noite, o Simão, pelo que (en)canta, já venceu.
18 de abril de 2021
Rotas e Trilhos: da Terra ao Mar
"O Município de Arouca em parceria com o BTTArouca, iniciou o programa ROTAS E TRILHOS. O programa consiste em lançar desafios ao longo do ano, nas vertentes de caminhada, corrida de montanha e BTT, pelos recantos do território do Arouca Geoparque."
Aos organizadores parabéns, a todos os outros deixo a sugestão: aventurem-se
11 de abril de 2021
Santo Ivo me ajude e me perdoe!
Santo Ivo me ajude sempre a ter um comportamento público e profissional adequado à dignidade e responsabilidades das funções que exerço, cumprindo pontual e escrupulosamente os deveres que me são consignados pelos estatutos do meu oficio e todos aqueles que a lei, os usos, costumes e tradições profissionais me impõem, não descurando nunca a honestidade, probidade, retidão, lealdade, cortesia e sinceridade como obrigações profissionais.
Santo Ivo me ajude, no exercício da profissão, a manter sempre e em quaisquer circunstâncias a minha independência, de modo a agir livre de qualquer pressão, especialmente a que resulte dos meus próprios interesses ou de influências exteriores, abstendo-me de negligenciar a deontologia profissional no intuito de agradar a clientes, colegas, tribunais ou terceiros.
Santo Ivo me ajude a não me pronunciar publicamente, na imprensa ou noutros meios de comunicação social, sobre questões profissionais pendentes e, muito menos, a emitir publicamente opinião sobre questões que saiba confiadas a outros colegas, cavalgando as ondas dos dias e fazendo paragonas da espuma que fica.
Mas, Santo Ivo, perdoe-me também não contribuir muito mais para o esclarecimento público e assim, pelo menos, tentar demover muitos daqueles que se deixam arrastar pela enxurrada da desacreditação e descredibilização das instituições, da Justiça e da Democracia, mesmo sem saberem muito bem onde os leva essa imprudente e irrefletida voracidade.
Perdoe-me Santo Ivo, não conseguir a disponibilidade que tais almas requerem, quantas vezes em vão! Pois na maior parte dos casos, motivadas por informações dúbias, mal googladas ou incompletas, que absorvem e difundem, sem cuidar de esclarecer - porque nem querem -, quantas delas só porque sim, mas talvez até porque, mais do que exigir e pugnar pela boa administração da Justiça e bom funcionamento da Democracia, precisam exorcizar pecados ainda por remir, ocultar ou compensar frustrações pessoais ou vingar a pronúncia por comportamentos ainda não prescritos.
E ajude-me, Santo Ivo, a aceitar e preservar o principio de que as decisões não são boas ou más por serem ou não condizentes com a minha opinião, pois não devo ignorar que esta Justiça é Humana e o Direito não é matemática e, por isso, tenho de estar preparado para aceitar que haja decisões e formas de apreciação, interpretação e fundamentação, diferentes das minhas. Na certeza, porém, de que a Justiça, embora vendada às partes, não é cega à melhor subsunção dos factos nem surda aos mais verosímeis argumentos, e, por isso, se necessário, sempre me será possibilitado requerer a reapreciação e sindicância dessas decisões.
Tenho, pois, esperança no bom funcionamento da Justiça, e não estou disponível para contribuir - antes pelo contrário - para a desacreditação e enfraquecimento do significado dos símbolos que lhe são próprios: a venda nos olhos, que simboliza a imparcialidade e a ideia de que todos são iguais perante a lei; a balança, que simboliza o equilíbrio das forças desencadeadas e a ponderação; e a espada, que simboliza a capacidade de exercer o poder de decisão com rigor e firmeza.
Esteja, no entanto, também o Direito à altura, expurgado de expedientes dilatórios e vedado de brechas e escapatórias. O que numa primeira fase não compete ao poder Judicial, mas sim ao poder Legislativo.
Nota: para quem não saiba, mas, principalmente, para aqueles que até já nem aqui chegaram, dado formarem logo uma ideia sobre o texto a partir do título, tomando a aparência pela realidade e o parcial pelo integral, estoutro Ivo é um Santo católico, padroeiro de todos os profissionais de Direito, especialmente dos advogados.