A Euro-região de Arouca é 'Galiza-Norte de Portugal'. E ainda bem que o é. E só podia mesmo sê-lo. Arouca insere-se e enquadra-se, em termos identitários, autóctones e endógenos, na Euro-região 'Galiza-Norte de Portugal', à qual pertence com todo o acerto, que são, na verdade e na realidade, uma nação una e identitária. Os Galegos falam Português e os Nortenhos falam Português, com as devidas cambiantes entre o Português do Norte de Portugal e o Português da Galiza, em termos fonéticos, sintácticos, semânticos, morfológicos, etc. A Língua Portuguesa (que deriva do Galego-Português arcaico, que, por sua vez, deriva da fusão dinâmica e evolutiva do Hebraico edénico e antigo e do Hebraico com o Latim) nasceu neste nosso território endógeno do noroeste da Ibéria, sendo, no presente, uma língua global: o Português é a quarta língua mais falada no Mundo.
Mas a coesão dessa origem identitária, mesmo antes do Português existir, é das mais antigas, senão a mais antiga, da História da Humanidade (não exagero) e tem de ser melhor dinamizada e consolidada, no concerto dinâmico das euro-regiões, à escala continental e à escala planetária. No actual contexto da União Europeia, entre o Norte de Portugal e a Galiza, já não existem fronteiras físicas, mas as fronteiras físicas que existiram no passado, na realidade, eram apenas muito arbitrárias e muito artificiais, porque, entre o Norte de Portugal e a Galiza, o território sempre foi contínuo e coeso em termos endógenos e autóctones: porque são, repito, talvez o mais antigo ou um dos mais antigos territórios identitários da História da Humanidade.
Este território identitário, localizado no muito antigo e milenar Noroeste da Península Ibérica, no presente tem uma superfície total de 51 mil Km2 (Galiza 29.575 e Norte de Portugal 21.284) e tem cerca de 6,4 milhões de habitantes (Galiza 2.796.089 e Norte de Portugal 3.745.439), com uma densidade populacional de 125,8 hab/Km2. O Norte de Portugal tem muito, muito mais que ver com a Galiza do que com o Centro e o Sul de Portugal. E a Galiza tem muito, muito mais que ver com o Norte de Portugal do que com Castela e Leão ou do que com todas as outras comunidades autónomas de Espanha.
As declarações do actual Presidente da Câmara do Porto, numa entrevista concedida ao jornal Voz de Galicia, de que "se sente melhor em Sanxenxo do que no Algarve" e que "El AVE de Oporto es Vigo, y a la vez el aeropuerto de Vigo tiene que ser Oporto", são muitíssimo verdadeiras e fazem todo o sentido e simbolizam e sintetizam, de modo lúcido e subtil, todos esses factos acima descritos. Rui Moreira é, com toda a certeza, um dos líderes que melhor personifica a identidade do Porto e da Região Norte de Portugal. Esperemos que ele e o seu movimento se candidatem a mais um mandato às eleições autárquicas do Porto, que vencerão, de certeza, com A Protecção Divina de HaShem, Bendito Seja O Seu Nome Sagrado, com uma maioria absoluta, clara, inequívoca e consolidada. Isso seria bom para todos os habitantes do Porto e de toda a Região Norte de Portugal. E, terminado esse terceiro mandato, Rui Moreira seria o melhor substituto de Jorge Nuno Pinto da Costa, no cargo da presidência do Futebol Clube do Porto, que é outra personalidade carismática de relevo e outra voz identitária do Porto e do Norte que, como se sabe, entrou, no F.C. do Porto, pela mão do presidente do clube da altura: o arouquense Afonso Pinto de Magalhães, fundador da Sonae, amigo de António de Almeida Brandão, meu saudoso avô. Foi Afonso Pinto de Magalhães quem, estruturalmente, financiou o lançamento e a IIª Série do jornal «Defesa de Arouca» e quem convidou meu avô para ser seu director, que, por sua vez, foi a personalidade real e pragmática que configurou a idiossincrasia identitária deste jornal, no contexto de Arouca, do Porto e da Região Norte: semanário bastante prestigiado, tal como sempre foi reconhecido ao longo das décadas, a partir do qual se alicerça este blogue «Defesa de Arouca».