Há dias em que tudo parece correr mal, por vezes é só uma
leve impressão, noutros casos parece uma fatalidade, de uma maneira ou outra
não há volta a dar, há mesmo dias muito maus.
No passado Sábado dia 15 do corrente mês, ao estar
tranquilamente, como é costume, a tomar o meu café da manhã no café de Sto.
António, até era um dia especial pois era a festa do Santo, eu e todos os
muitos presentes fomos atacados por uma enorme quantidade de ruído assim a
modos de uma invasão, um tsunami sonoro, que incomodou toda a gente e não nos
deu qualquer alternativa de fuga. Era a grande festa de uma associação de
camionistas de Arouca, que se repete há alguns anos, sempre a causar os mesmos
incómodos quer de trânsito quer sonoros. O barulho que fazem para se deslocarem
para o local principal dos festejos é ensurdecedor como se o ruído fizesse
parte obrigatória de uma festa que julgo qualquer associação tem o direito de
partilhar só com os seus membros. Os enormes camiões desfilam pelos arredores
da Vila e até por algumas artérias com os potentes motores a roncar
ruidosamente e a tocar insistentemente as buzinas qual delas a que toca mais
alto como se assim a sua presença transmitisse festa, satisfação e alegria, o
que na minha e muitas outras opiniões tem o efeito precisamente contrário. Que
grande incómodo. Se as autoridades se lembram de desfilar, também poderão
fazê-lo a disparar para o ar, se os madeireiros tiverem festa semelhante toca a
ligar bem alto os motores das moto serras e tantas outras profissões que se
lembrem deste tipo de festejos e lá se vai o silêncio.. Esta festa a processar se
desta maneira é um pesadelo para todos e parece me não ser esta a intenção dos
organizadores, castigar os outros enquanto se divertem. Chegado nessa mesma
manhã à Vila, apesar de ter uma via de acesso interrompida por efeito da dita
festa, eram motas, motinhas e semelhantes em elevado numero, paradas em cima
dos passeios a causar perturbações para quem neles transita. Parece me que a
largura destes não deveria ser a contemplar estas situações e não deveria haver
um código da estrada à semana e outro ao domingo, nem um código para duas ou
para quatro rodas, e sei bem do que falo porque uso os dois meios de
transporte. Se num dia de semana por um lapso qualquer se estacionar sem
cumprir todos os requisitos legais mesmo que a ninguém incomode ou que não haja
vivalma na Vila, o mais certo é vir uma multazinha que pode ser de 30 euros ou
mais, aos domingos em cima do passeio dá uma ar de Vila Turistica e o mais
certo é nada acontecer. Não está certo. Devemos olhar para o turismo com os
olhos de quem beneficia com isso, devemos mostrar que sabemos bem receber mas
não vamos cair no exagero. Tudo em prol do turismo, mas…Afinal como dizia um
colega meu cá do blog, passam se coisas estranhas por cá, mas tenho fé que
estas coisitas foram fruto de todos terem direito a um dia mau. Calhou nos a
nós neste sábado.