Foto: "Do meu mirante" |
Nascido em São Paio da Portela,
Penafiel, em 10 de Abril de 1910, foi ordenado padre em 1933 e logo nesse ano foi
nomeado vigário ecónomo das freguesias de Espiunca e Canelas. Ali se manteve até
ao ano de 1944 quando, por morte do padre Joaquim Carneiro Leão, veio ocupar o
lugar deste na paróquia de São Bartolomeu de Arouca.
Foi nesta paróquia que, ao longo
de sessenta e sete anos, exerceu a sua vocação e acabaria por dar corpo ao
projecto que o acompanhou para o resto dos seus dias. No dia 1 de Dezembro de
1949, nas atuais instalações da Junta de freguesia de Arouca, o Padre Adriano
inaugurava um espaço para ocupação de tempos livres e escola de costura, para
crianças mais necessitadas. A partir de 1960 as instalações passam a
localizar-se na atual biblioteca municipal de Arouca e só a partir de 1975 se
mudam para a atual localização, na Rua Dr. Figueiredo Sobrinho (Rua D´arca).
Desde a sua criação, foi
preocupação do padre Adriano percorrer um caminho de qualidade, alicerçado em
valores de verdade e justiça, que permitisse aos arouquenses acreditar no
trabalho desenvolvido e confiar nos serviços prestados por uma instituição que,
à época, assumia um papel único na vida de todas as crianças que, sem ambiente
ou estrutura familiar, não encontravam outro caminho que lhes garantisse um
crescimento pessoal efetivo e fora de riscos.
Ainda hoje, graças a todo o
trabalho desenvolvido nas primeiras décadas, também pela Da. Mafalda, cujo
papel foi igualmente importante e sem o qual, muito provavelmente, esta
instituição não teria o nível de confiança dos arouquenses que tem no presente,
o Patronato é um exemplo para outras instituições, que entretanto surgiram, e
veem no seu funcionamento um modelo a seguir.
Foto: Jornal "Roda Viva" |
Todos aqueles que, presentemente,
dão o seu melhor para manter vivo o legado deixado pelos seus fundadores,
merecem o nosso respeito e consideração. Que continuem a perpetuar o nome do
Padre Adriano e da Da. Mafalda, com o seu trabalho e altruísmo. Que continuem a
credibilizar o papel desta instituição na resposta a todas as crianças que,
ainda hoje, se veem em situações de risco.