Estamos
na véspera da comemoração da Festa de Shavuot, que é a comemoração da revelação
e da entrega da Torá, há 3331 anos atrás, no Monte Sinai originário, na Terra de
Israel. É a Torá do Criador dos Céus e da Terra, Bendito Seja O Seu Nome
Sagrado, para ser praticada, a cada milésimo de segundo e em qualquer
circunstância, pelos Judeus (613 Mitzvot) e pelos Não-Judeus (7 Leis Noahides).
E o facto da Torá (que é o sistema axiológico do Próprio Criador dos Céus e
da Terra) ser tanto para os Judeus como para os Não-Judeus está bem expresso
nos 10 Ditos/Declarações Principais (que a perniciosa Teologia Greco-Latina
interpretou, de modo errado, dando-lhe o nome impreciso de 10 Mandamentos) que
são constituídos por 620 letras hebraicas exactas, que significam que 613
Mitzvot são para os Judeus («Shomer Torá uMitzvot») e 7 Leis Noahides são para os Não-Judeus (que devem e têm de ser «Noahides-Observantes»). 613+7=620.
A insigne cultura
«Cripto-Judaica» e «Cristã-Nova» milenar é uma componente muito relevante no Noroeste da Península Ibérica (tal como ocorre em Arouca), que está no
inconsciente colectivo das populações nortenhas e galegas, mesmo que, na actualidade, não estejam conscientes dessa herança milenar e estruturante, mas que permanece, como herança, de
modo espontâneo, na idiossincrasia cultural das populações do noroeste ibérico,
em muitos e variados aspectos, tal como ocorre em Arouca. Ainda está por realizar um estudo
minucioso e isento, com grande rigor científico, sobre as congregações, irmandades, igrejas e
capelas da Misericórdia do Noroeste da Península Ibérica, bem como sobre as congregações, irmandades, igrejas e capelas do Espírito Santo, visto que grande
partes delas eram antigas congregações e sinagogas sefarditas ocidentais, que
foram preservadas pelos «cristãos-novos», durante séculos e séculos.
A Torá não é um sistema
axiológico entre outros sistemas axiológicos. Não é um sistema axiológico
artificial e circunstancial, criado por uma mente finita humana, mas sim um
sistema axiológico absoluto (de índole moral, epistémico, científico, técnico, jurídico e político, etc.), sagrado e perfeito do Próprio Criador Uno,
Absoluto e Infinito dos Céus e da Terra e que se reporta à própria estrutura
ontológica e orgânica de qualquer ser humano e que qualquer ser humano sadio
reconhece, de imediato, como benévolo, bom, perfeito, justo e adequado. A Torá é o «blueprint» da criação e da formação de todos os fenómenos dos Céus e da Terra.
Tal como pôde constatar um dos
académicos portugueses mais notáveis do século XX da era comum, o nortenho e
portuense Professor Doutor Delfim Santos (na linha dos
estudos clássicos de Max Weber, Werner Sombart ou Ernst Troeltsch), os países
mais robustos e desenvolvidos, com carácter racional, sistemático e ordenado,
de aperfeiçoamento moral, científico e técnico do cosmos, são os países onde a
cultura bíblica protestante se desenvolveu e se difundiu, que são os países do
Centro e do Norte da Europa e os países que derivam deles, onde a população
foi, massivamente, instruída e alfabetizada pelos valores bíblicos. A cultura
bíblica protestante é aquela que está mais próxima da Cultura Judaica «Shomer Torá uMitzvot», que está
nos extremos-antípodas do Catolicismo Romano e da sua cosmovisão medieva e
escolástica, tosca, irracional e latinista-romanista-caciquista. Catolicismo Romano que perseguiu, ferozmente e de modo facínora, os bons e
benévolos elementos da configuração societal de Modernidade que a Cultura
Judaica «Shomer Torá uMitzvot», com a sua prática sagrada, benévola e quotidiana, gera e torna consistente, em qualquer época e em qualquer lugar, aperfeiçoando e melhorando o Mundo. A escatologia humana (direcionada para a Era Messiânica, que ocorrerá, no futuro, em Jerusalém, com a construção do Terceiro Templo) é a escatologia judaica «Shomer Torá uMitzvot». Não outra.
Nesse aspecto (...mais um aspecto, entre muitos outros...), o Estado português tem um gravíssimo atraso estrutural de séculos e
séculos e uma das medidas que o Governo português deve pôr em prática será o
ensino obrigatório, nos vários sistemas de ensino e de educação, das 7 Leis Universais / 7 Leis Noahides, enquadradas no sentido puro e originário do Criacionismo Hebraico «Shomer Torá uMitzvot» e
nos seus textos essenciais, que a ciência mais avançada confirma, de modo consistente. Seria uma forma de verdadeiro avanço civilizacional
e uma das formas verdadeiras de educar, verdadeiramente, os Portugueses, para serem mesmo «Noahides-Observantes» e melhorarem e
aperfeiçoarem, a cada milésimo de segundo e em qualquer circunstância, o Mundo
envolvente, a partir dos axiomas absolutos e perfeitos do sistema axiológico
absoluto e perfeito do Próprio Criador dos Céus e da Terra, Bendito Seja O Seu
Nome Sagrado.