Há uma frase, entre muitas, que me tem acompanhado ao longo
da vida: “Sou apenas um, mas sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer
alguma coisa; e porque não posso fazer tudo, não me negarei a fazer o que
posso.”
Poucos saberão o que sinto quando se fala no jornal “Defesa
de Arouca”. Apenas ficam pensamentos e/ou suposições mais ou menos semelhantes!
Sou muito respeitador do passado e da história. Sou o filho mais velho de Arlindo Augusto Soares de Matos, que ainda menino, com apenas 11 anos começou a trabalhar na "Defesa de Arouca", então na Avenida Dr. Oliveira Salazar, atual Avenida 25 de Abril e onde é hoje o "Café Arouquense".
Lembro-me vagamente de ser pequenito! Talvez uns 4 ou 5
anitos! Ainda a “Defesa de Arouca” era na Rua Dr. Figueiredo Sobrinho. Minha
mãe levava-me, juntamente com a minha irmã Magui para junto de meu pai, que
trabalhava até às tantas da noite para que o jornal chegasse aos leitores à
sexta-feira.
Lembro-me algures em 1974 a “Defesa de Arouca” passar para a Rua Alfredo Vaz Pinto, n.º 8, tinha eu 6 anos.
Depois foi sempre a crescer, eu e a “Defesa de Arouca”…
Foram 34 anos de uma amizade profunda. De uma ligação
eternamente grata e de um conhecimento imensurável.
Ali, dentro da casa de meus pais conheci pessoas incríveis.
Conheci referências, modelos e princípios que me ajudaram a crescer e a
compreender muito melhor o que é “saber ser”, o que é “saber estar” e o que é
“saber fazer”.
Ali, no melhor e no maior jornal do concelho de Arouca
aprendi o que é a “liberdade de expressão” e o que é respirar o ar puro de uma
casa que jamais se deixou influenciar por quem quer que fosse.
Também conheci pessoas que mais valia não ter conhecido. Mas até foi bom, porque soube dar mais valor àquelas que realmente foram extraordinariamente boas.
Também conheci pessoas que mais valia não ter conhecido. Mas até foi bom, porque soube dar mais valor àquelas que realmente foram extraordinariamente boas.
Até que em 2008 aconteceu o que jamais queria que
acontecesse, por muitos e diferentes motivos: o jornal “Defesa de Arouca”, a
“Tipografia “Gráfica Arouquense” e a papelaria “Gráfica Arouquense” entraram
num processo de insolvência!
Tal como o ano de 2018, para mim, o ano de 2008 ficará
marcado para todo o sempre pelos mais dantescos motivos!
Mas, a vida continua…